Diferenças Entre Consórcio e Financiamento

Você sonha em conquistar a casa própria ou em colocar um veículo novo ou semi-usado na garagem?

Se você não tiver o recurso financeiro para isso, há duas possibilidades, faça um consórcio ou financiamento.

Essas duas formas de aquisição acaba sendo as principais indicações para quem não tem condições de arcar com a compra a vista de um bem de alto valor , como um veículo ou um imóvel.

Essa semana conversamos com a especialista em consórcio da JFC Consórcios em Ribeirão Preto Milena Masson e ela esclareceu todas as nossas as nossas dúvidas em relação a isso, confirma a entrevista na íntegra agora.

Afinal, o que é o Consórcio?

Trata-se de uma modalidade de compra na qual um grupo de pessoas reúnem os recursos necessários  para adquirir um bem, como um carro ou casa, explica Milena.

Essas pessoas pagam parcelas mês a mês, no entanto para poderem utilizar o crédito elas têm de aguardar serem sorteadas ou que o consorcio chegue ao final ou então, fazer uma oferta, conhecida como lance, para pagar um valor mais alto e se essa oferta for maior que de outros associados é contemplada com o crédito para a compra do bem.

Porque o Consórcio é mais barato que o financiamento?

Milena: O consórcio é mais barato que o financiamento, porque não são acrescidos juros sobre as prestações.

Essa forma de pagamento funciona como uma poupança com a diferença de que o consorciado pode levar menos tempo para tomar posse do produto.

Para fazer parte de um consorcio deve se procurar uma administradora que gerencie o fundo e também o funcionamento.

Como funciona o financiamento?

Milena esclarece que o financiamento é o meio pelo qual uma pessoa pode comprar uma casa, um terreno, uma moto e assim por diante, pagando o valor desse bem mês a mês, tomando o crédito para compra deste como empréstimo de um banco ou uma operadora financeira autorizada pelo banco central do Brasil.

Contudo, o direito de utilização desse bem é imediato após a conclusão da transação. Embora, o bem fique em alienação fiduciária pela instituição financeira como garantia de pagamento e somente após o pagamento do valor total o bem será transferido para o nome do titular.

Milena alerta que no financiamento há a cobrança de juros e que dependendo da situação econômica do país fazem o produto financiado custar o triplo do valor inicial.

Em 2017 por exemplo a média cobrada pelos bancos para o financiamento imobiliário foi de 9,76% ao ano e o de veículo 29,08% também anual.

Em situações econômicas instáveis como a crise que vivemos em meados de 2016 e 2017 as taxas de juros podem se elevar, isso devido a instabilidade no mercado de trabalho que ocasiona um alto índice de inadimplência dos titulares de financiamentos que aumentam o risco dos bancos para emprestar dinheiro.

E isso não é bom para quem pretende comprar um bem através do financiamento, afirma Milena.

E qual é a diferença entre o consórcio e o financiamento?

Existem algumas diferenças entre o consórcio e o financiamento que precisam ser observados:

Milena diz que é comum que se defina o consórcio como uma forma de financiamento particular, devido ao fato de que, no consórcio os produtos são financiados por cada membro.

Há uma autogestão no consórcio que faz a pessoa economizar mensalmente um valor que é, transmitido à empresa administradora, para que essas pessoas se aproximem mais da aquisição do bem desejado.

No financiamento convencional, a compra de uma propriedade ou de um automóvel é proporcionada geralmente por um banco.

Essa instituição financeira tem a posse da casa ou do carro até que cliente pague todas as parcelas, como também ocorre no consórcio.

No financiamento, o indivíduo paga taxas acrescidas, os famosos juros e os ajustes relacionadas a esse beneficio.

Milena lista alguns itens que devem ser considerados entre o consórcio e o financiamento antes de tomar uma decisão sobre qual escolher:

Juros e correções

No financiamento as parcelas financiadas são incorporados juros e correções que se somados muitas vezes podem corresponder ao dobro do bem adquirido, como já disse.

Isso significa que o cliente pode pagar por 2 ou 3 casas, por exemplo, e receber somente uma.

Este juro elevado pelo financiamento acontece devido a agentes, que geram perigos para o banco como a inadimplência dos financiados ou a variedade dos custos da mercadoria no mercado.

Desde de 2017 , por conta dos altos índices de juros muitas pessoas estão procurando o consórcio no qual não existe esse indicador de risco e também é uma das explicações pela qual o financiamento é normalmente mais custoso do que o consórcio.

Em contraponto com esta situação, o custo da propriedade pode variar em meio a vigência do tempo em que você esta pagando o consórcio e por esta razão as prestações podem ser reajustadas.

Por exemplo: Se a pessoa contratar um crédito de R$ 500 mil através do consórcio, esse valor será corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor o I.N.P.C. e consequentemente as parcelas também serão reajustadas baseado nesse índice. Neste mesmo caso ao final do prazo de contrato ou quando ela resgatar o crédito em vez de resgatar os R$ 500 mil contratado, ela resgatará os R$ 500 mil mais os valores de correção.

No financiamento, vale a pena lembrar que, quanto mais prolongado for o prazo, mais parcelas deverão ser pagas e também vai ser maior o valor cobrado pela instituição financeira. Isso pode fazer com que seja mais complicado cumprir com o contrato, explica Milena.

Prazo

Os prazos do consórcio de imóveis, por exemplo, são regularmente menores do que as do financiamento.

No financiamento esse prazo, por exemplo, pode durar até 35 anos.

Enquanto no consórcio podem ser de até no máximo 15 anos.

Mas Milena garante que um prazo menor é muito melhor, pois como ela disse, quanto maior o tempo do financiamento mais juros serão cobrados, pois o bando terá que esperar mais para receber o valor emprestado.

No caso de veículos, os prazos são parecidos. Os consórcios de automóveis podem atingir 8 anos e no financiamento pode levar até no máximo 6 anos.

Burocracia para formalização de contrato

Para fazer um financiamento, a pessoa terá que enviar à empresa financiadora muitos documentos que possam comprovar de que se trata de uma transação segura para a empresa. Esses documentos são, por exemplo, recibos de pagamento, comprovantes de renda, residência etc.

Com a avaliação de toda a documentação a financiadora pode decidir se concede o financiamento ou não, Milena destaca que quem tem o nome incluso em empresas de serviços de proteção de crédito como SPC e/ou SERASA não tem a menor possibilidade de ter a proposta aceita pelo banco ou financiadora.

Além disso, existe um outro fator pouco conhecido pelas pessoas chamado Score de Crédito, uma ferramenta utilizada em mais de 100 países que é o resultado de um cálculo estatístico que tem por finalidade ajudar os consumidores e as empresas a realizarem negócios a crédito, com menor custo, maior agilidade e segurança.

O Score indica, de maneira estatística, a probabilidade de inadimplência de determinado grupo ou perfil no qual um consumidor se insere, sem afirmar que ele esteve, está ou ficará inadimplente, explica Milena.

Além de tudo isso Milena afirma que para liberar o financiamento de um bem, o banco ainda faz uma avaliação completa, enviando um profissional ou uma empresa especializada para avaliar se o valor corresponde realmente ao pedido na compra.

Ela diz que para participar do consórcio, não existe uma burocracia tão grande.

O procedimento é significativamente mais simples, lembrando que a contratação é feita com uma documentação comum que geralmente apenas serve para distinguir os consorciados do grupo.

Milena destaca novamente, que algumas administradoras de consórcio solicitam comprovação de renda e consulta aos serviços de proteção de crédito no ato do contrato.

Mas a maioria não, porém elas solicitam a comprovação quando o consorciado é contemplado.

No momento em que o consorciado é contemplado para resgatar o crédito será necessário documentos mais detalhados.

Para Milena o principal benefício nisso é que se um consorciado estiver com o nome negativado terá mais tempo para regularizar a situação, enquanto ele não é contemplado.

Aquisição de bens

Milena explica que o participante do consórcio deve esperar até ser escolhido em um sorteio que acontece mensalmente realizado pelas administradoras ou oferecer um recurso financeiro conhecido como lance para ser contemplado antes da finalização do grupo do consórcio.

O financiamento tem a seu favor o imediatismo. A possibilidade de adquirir o bem no fechamento do contrato.

Consórcio e financiamento

Para Milena, o consórcio é uma oportunidade de adquirir um bem e ficar longe das altas taxas de juros que incidem no financiamento.

Os encargos do financiamento podem se transformar em um peso extra para o quem não está acostumado a lidar com o mundo financeiro.

Obviamente, existem alguns fatores interessantes para essa forma de compra como é o exemplo do pronto recebimento do bem e isso muitas vezes é levado em conta na hora de escolher entre o financiamento ou consórcio.

De qualquer forma, deve-se reforçar que os custos com o financiamento principalmente com imóveis que levam mais tempo para pagar, podem ser muito elevados e quanto maior o tempo de financiamento e menor o valor de entrada há mais a incidência de juros.

Na minha opinião o consórcio é uma opção que pode ser vista como um fundo de investimento, um método obrigatório para economizar dinheiro e comprar o bem que deseja.

Quem não espera ter posse de um imóvel ou um veículo tão rápido, pode decidir por um consórcio como uma opção para poupar uma soma mês a mês e acumular o valor necessário, diz Milena.

Sem o pagamento de juros e ajustes financeiros, a pessoa consegue manter seu poder de compra e ainda tem a probabilidade de resgatar o crédito bem antes da data de vencimento, através dos sorteios e ofertas.

Consórcio e financiamento são opções distintas para adquirir um imóvel ou veículo, no entanto está claro que há contrastes entre os dois para analisar.

Pensando em uma necessidade emergente para aquisição do bem, o financiamento pode ser muito mais favorável porém a pessoa, pagará a mais por isso.

Já com o consórcio, além de poupar o dinheiro de forma “obrigatória” o bem não terá o valor descompensado e o consorciado poderá comprar com as mesmas condições de A Vista.

Para Milena, o consórcio acaba funcionando como uma oportunidade para treinar o relacionamento das pessoas com o dinheiro, aumentando a capacidade de se organizar para alcançar algo que deseja.

E esse controle sobre o consumismo pode estimular ainda mais que você gaste menos, se organize, cumpra com obrigações sem acabar nos serviços de proteção ao crédito como SERASA e SPC.

Concordo que o consórcio é um processo de compra a médio e longo prazo, porém existe uma probabilidade considerável de receber a carta de crédito por meio lances ou sorteio e o melhor de tudo, é sem juros, diz Milena.

Considerando tudo isso, pesquise o máximo que puder, para tentar encontrar sempre as melhores negociações e decida de forma certa entre consórcio ou financiamento, finaliza.

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Um grande abraço e até a próxima!

Redação JFC Blog

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